É a que demonstra ser no instagram, na escrita e nas brincadeiras do snapchat. Tira lição até das coisas mais toscas do mundo, passa o dia assistindo Discovery Chanel e é apaixonada por todos os contadores de histórias do mundo. Quando diz isso não se refere só aos autores, se quer saber. Inclui os avós, as tias da escola e até mesmo os melhores amigos. Tem certeza de que todas as pessoas do mundo tem algo bom a oferecer, mesmo que não pareça e não demonstrem. Vê o bem até mesmo onde não tem. É ingênua, é malícia, é pouco vivida. É nada e tudo no universo que vive.
Quando vê-la por aí é certeza uma dessas coisas: o batom
forte, o rímel passado as pressas e a cabeça lá na lua. Vive viajando na
maionese e sorrindo pro vento ao ter lembranças boas do passado nem tão
distante vivido. Só são 14 anos. 14 de alegrias, risadas, choros, perdas e
tristezas incuráveis. Mas acredita em algo chamado positivismo e crê que o amor
talvez seja o que falta. Falta sim. Falta muito. Falta para todo mundo. Pro
mundo todinho mesmo.
Se sente mais confortável na rede no que no mundo real.
Talvez seja porque foi por um teclado que aprendeu a demonstrar de alguma forma
a agonia que sempre esteve dentro a corroendo. E por redes sociais que achou
pessoas que de alguma forma a cativaram como nenhum colega da rua ou da escola
fizeram. Por aqui aprendeu a se expressar, formou parte de sua personalidade e
conheceu pessoalmente pessoas incríveis. E espera não deixar isso de lado tão
cedo, porque algumas dessas pessoas que trouxeram de volta o brilhinho clichê
no seu olhar. Isso foi um pouco fofo demais, acho melhor parar por aqui.
Já disse o quanto é falante? Apesar da grande timidez e
dificuldade de fazer amigos, se der trela ela diz até das suas aulas favoritas
de história do último ano. É de humanas, só pra destacar. Sua pior matéria
sempre foi matemática e até hoje se pergunta como até em química e física sua
média era 9 ou 10 e em matemática 06. É incompreensível, até o pai diz.
Incompreensível por inteira, na verdade. Não sabe lidar com os próprios
sentimentos, quem dirá com números e equações do tipo que chaga no meio e pensa
“Oh droga, que diabos estou fazendo?”, e bom, ela pensa isso em todas.
Sonhos são o gás de sua vida. Não é lá de traçar muitas
metas, mas quando quer é certeza que hora ou outra conseguirá. Imagina-se um
dia sentido o gelado da neve na ponta do nariz, contando pros filhos o quanto
foi maneiro conhecer o Canadá e até mesmo o quanto era incrível a vista da
janela do hotel que ficou em Paris. E ela sabe que vai mesmo, sabe? Porque
existe algo chamado querer. E se você quer, meu bem, não há nada nesse mundo
que te impeça. Nem pessoas dizendo que é impossível, que é muito cedo, que não
pode. Porque cara, se tem uma coisa que você pode é poder. Entendeu? Pode sim.
Deixou de escrever só nas madrugadas e preferiu quando
surgisse vontade. No ônibus, na sala de aula e quando está sem wifi ou créditos
para se conectar por aí. Só sei que ela diz que se tem uma coisa que nunca vai
deixar é de escrever. Foi através de palavras que conseguiu elogios do seu
professor favorito, o parabéns da sua mãe e amizades que espera levar pro resto
da vida. Talvez essa tenho sido a maneira que achou para fazer algo de legal no
mundo.
É de momento. De fazer tudo por impulso e nunca se arrepender depois. É do mundo, se sente parte dele na maioria das vezes. É do dia, da noite, da madrugada. De veneta, de nunca e sempre saber o que quer. é Karine. É Rodrigues. É Flores. É ela, nunca outro alguém.
É de momento. De fazer tudo por impulso e nunca se arrepender depois. É do mundo, se sente parte dele na maioria das vezes. É do dia, da noite, da madrugada. De veneta, de nunca e sempre saber o que quer. é Karine. É Rodrigues. É Flores. É ela, nunca outro alguém.
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