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Sobre o direito de estar triste

1 de abril de 2016

Hoje foi um daqueles dias em que a dor de levantar da cama foi como apanhar daqueles caras com jaquetas de couro e uma moto maneira que assisti em um filme semana passada. Só queria ter ficado debaixo do edredom lendo alguma coisa interessante e encarando o teto pensando no que ando fazendo com minha vida. Tem horas que todo mundo se sente assim, com essa vontade louca de se trancar e ficar em silêncio durante horas, sozinho consigo mesmo. Mas se ousar fazer isso é provável que seus amigos entrem em loucura e pipoquem seu whatsapp de mensagens e até liguem para sua mãe perguntando se está tudo bem. Será que é errado que fiquemos tristes ou chateados por um instante?

Somos bombardeados com textos de auto-ajuda e pessoas que ditam como sempre devemos estar sorrindo, nunca sermos abalados por nada, sempre estarmos bem. Obvio que odiamos ver um querido triste e fazemos de tudo para passar, como se isso fosse totalmente evitável e o ser que se aprofunda nesse sentimento só fez a escolha errada: a de não ser/estar/ficar feliz. Mas depois de um tempo grande afundado nessa tal merda você percebe que (in)felizmente ela é necessária para uma coisa grandiosa e que pode ser resumida em uma palavra: renovação.

É fato: quando estamos tristes a nossa visão sobre a gente fica a mais pesada possível. Excluímos todos os paralelos e poréns que vivem a nossa volta e nos aprofundamos em um universo: o nosso. Quer dizer, estamos aqui, mas ao mesmo tempo lá. É como se fossemos um iceberg, e o físico é só a parte mostrada. A raiz, a verdade e o real são a parte escondida, aquela culpada por fazer o tal titanic afundar, sacou? E é dessa maneira, mergulhando no próprio nós, que descobrimos e sentimos coisas na palpável intensidade. Aí é que tá toda a resposta para a sua duvida: precisamos sentir, se machucar, doer e chorar para que aquilo finalize. A dor só é esgotada quando não pode mais ser sentida. E cara, anota aí o que eu vou te dizer: Chora. Chora muito. Esperneia, grita, fala besteira, bota pra fora. A gente só elimina essas coisas ruins assim: vomitando tudo de alguma forma.

Depois de um tempo aprendi a sempre cantarolar uma música qualquer do arctic monkeys em direção ao terminal, só pra acalmar. Entrar em casa sentindo o peso do mundo sair das costas e tomar um banho gelado antes de deitar só para por os pensamentos em ordem. E quando apagar a luz, bagunçar tudo de novo. Botar pra fora, chorar até que as lagrimas se esgotem. Acordar no outro dia com o rosto inchado, a garganta ruim, o sono mal tirado.

Apesar de você ainda não ter aprendido, fica ai a lição: Cada um tem uma maneira de lidar com a dor. Talvez seja beijando vários(as) na boca, comendo bastante pizza requentada, escrevendo para um blog com o próprio nome ou lendo 100 páginas em 1 hora. Cada ser é diferente no que te faz bem, mas de algum modo faz. E a gente (isso inclui você), não pode deixar essas coisas se acumularem dentro do peito. Porque deixar é autorizar que você mesmo se mate aos poucos, e não sei você, mas acho essa uma escolha bem ruim. 

Então, cara. 
Então. 

Deixa eu aqui no meu canto de boa, pode ser? Não me obriga a ir pra esses tal de "rolê" ou me apresente essas suas amizades nada a ver. Se eu precisar de ti, eu vou chamar/gritar/sinalizar. Mas por enquanto, deixe-me ser auto suficiente, ok? Me sinto bem assim, sozinha com a cura (eu mesma). 

Mas vai por mim: não há nada melhor do que se permitir ser humano. De sentir as coisas como são, na carne. Só tentando pra ver. 
Veja.                   

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